Você tem medo de monstros?

Para minha primeira crônica do blog, tive que pensar um bom tempo. Passaram-se várias ideias pela minha cabeça, o que por um lado é bom, pois tenho muitos temas, mas por outro é ruim, pois você não sabe qual escolher para o momento. Ao parar um pouco para relaxar, fui rever Jaspion - sim, eu sou velho, e se você não sabe o que é isso, clique aqui! Baixei todos os episódios, e assistindo o Tokusatsu (nome para essas séries japonesas), vendo Jaspion lutar com um monstro diferente por capítulo, me surgiu o tema para o meu texto: 

MONSTROS!

Sim, monstros! Afinal, o cinema tem monstros conhecidíssimos, como Godzilla, King Kong, os Gremlins, Kraken de Piratas do Caribe entre tantos outros. Pra não ficar nos mais badalados, dei uma pesquisada e baixei alguns filmes sobre monstros, sejam mutações genéticas, alienígenas ou o que raio for, e fui assistindo para falar com um pouco mais de embasamento sobre eles! Aliás, uma regra meio que básica para assistir filmes de monstros é livrar-se de preconceito: salvo algumas exceções, não assista um filme com monstros esperando que seja uma história que você se emocione, que faça você tirar uma lição de moral ou que te faça pensar por mais algum tempo sobre como esse filme te influenciou. Simplesmente, veja-os por puro e mero prazer, seja para rir das teorias meio malucas, para reparar nos efeitos especiais ou apenas como um bom passatempo em que você quer apenas relaxar, sem precisar pensar ou se preocupar com nada.

Monstros de filmes geralmente mobilizam um arsenal inteiro com tanques, helicópteros, armas pesadas, napalms e até bombas atômicas para derrubá-los. Mas diferentemente disso, temos o peixe mutante de O Hospedeiro (Gwoemul), de 2006, o qual não foram usadas armas de fogo contra ele. As armas que realmente acabaram com ele foram oriundas dos irmãos da família Park, que por causa do monstro, tiveram a filha de um deles sequestrada e o pai morto. Misturando drama com um pouco de comédia, o filme não compromete de forma alguma. Acho que o maior ponto negativo desse filme foi por culpa minha mesmo: ao baixá-lo na internet, não percebi que estava dublado em inglês. Ou seja, vi um filme coreano, dublado em inglês e legendado em português (viva à Globalização). 

Monstro de O Hospedeiro

Outros monstros tem como pontos fracos coisas que você não imaginaria de forma alguma. Imagine monstros "caretas", que tem como ponto fraco drogas? Tá rindo aí? Mas saiba que tem sim: vide os monstros de Prova Final (The Faculty), de 1998, e Grabbers (Grabbers), de 2012. No primeiro, de Robert Rodriguez, com atores ainda não tão famosos na época - como Elijaah Wood, Famke Janssen, Salma Hayek e Jordana Brewster, que futuramente seriam o Mr. Froddo, Jean Grey, Frida Kahlo e Mia Toretto da saga Velozes e Furiosos, respectivamente -, estudantes tentam impedir que alienígenas propaguem-se na Terra, tomando os corpos dos humanos como hospedeiros. Já em Grabbers, como a própria sinopse do filme diz, os moradores de uma Ilha irlandesa tem que ficar bêbados para serem salvos, pois o monstro não tolera álcool no sangue deles. Tem monstro mais politicamente correto do que esse? E quer local melhor do que na Irlanda, conhecida por ser uma terra de "beberrões", para esse filme ser rodado e vivenciado? Hahaha.

Alienígena de Prova Final

Monstro de Grabbers

Alguns monstros não precisam nem aparecer para tocar o terror: vide Cloverfield - Monstro (Cloverfield) e O Caçador de Troll (Trolljegeren). Os dois filmes são no estilo Found Footage e os monstros praticamente não aparecem durante o filme, mas afugentam as cidades as quais as películas são ambientadas. Mesmo assim, há diferenças entre os filmes. Em Cloverfield, o governo quer destruí-lo totalmente, sem dó e nem piedade, usando de todo o arsenal bélico possível, ao longo de um filme bem acelerado, no qual o monstro pode aparecer a qualquer momento - deixando o espectador meio tenso durante o longa -, enquanto que no norueguês O Caçador de Troll, o filme é cadenciado, com o caçador escolhendo hora e local para caçar os Trolls da região, além do fato de que o governo tenta encobrir o caso, chegando a ser até cômica a forma como tentam fazer isso. (Bônus para as belas paisagens da Noruega vistas no filme).

O monstro de Cloverfield (preste atenção que ele aparece rapidinho no filme)

Um dos Trolls de O Caçador de Troll

Pra não dizer que só falei de monstros malvados, vou terminar meu texto com três filmes que mostram monstros "bonzinhos": Os belíssimos Meu Monstro de Estimação (The Water Horse), O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno) e Onde Vivem Os Monstros (Where the Wild Things Are). Eles não só encantam os olhos como também os marejam - assim como fizeram com os meus - por contar histórias singelas de amizade e superação das adversidades - explícitas ou implícitas -, vistas aos olhos de crianças (Angus, Ofélia e Max, respectivamente) que vencem seus problemas com a ajuda de seus amigos monstros. De brinde, os filmes tem fotografias belíssimas, que deixam você fascinado com as paisagens.

O monstro (Crusoé, para os íntimos) de Meu Monstro de Estimação

O fauno do Labirinto do Fauno

Carol, um dos monstros de Onde Vivem Os Monstros

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DISTOPIA

Esse foi o tema escolhido por mim, Pedro, na nossa 22ª reunião do Cinestéricos e a primeira que será tratada aqui no blog. Mas o que diabo significa isso?

"Distopia ou antiutopia é o pensamente, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em um utopia negativa."

Entenderam? Não? Não se preocupem, tentarei explicar. Atualmente esse tema tem estado na boca de todo o mundo literário. Está na moda criar obras literárias numa realidade distópica, como os famosos livros da saga Jogos Vorazes, Feios e Divergentes. Entretanto a definição desse termo é bastante difusa, existe uma definição geral, que descrevi acima, que abarca todas as subdivisões do tema; só que essa definição é muito vaga e abrangente, sendo assim difícil de determinar se certo livro ou filme é uma distopia ou não.

Tentarei elucidar um pouco essa questão; e para isso, vamos para a origem da palavra. O primeiro uso conhecido da palavra 'distopia' apareceu num discurso ao Parlamento Britânico por Gregg Webber e John Stuart Mill, em 1868. Nesse discurso, Mill disse:

"É, provavelmente, demasiado elogioso chamá-los utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos ou caco-tópicos . O que é comumente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."

Portanto, Mill se referia a um lugar mau, ao oposto de utopia.




Mas ainda assim, como definir as “n” subdivisões da distopia, como: distopia que é a que trata do governo opressor vs oprimido; distopia tecnológica (também conhecida como Cyberpunk), definido por “quanto maior o conhecimento científico, pior a qualidade de vida da população”; a distopia pós-apocalíptica é aquela cuja pessoa tem que sobreviver num mundo pós-apocalíptico (guerra nuclear, desequilíbrio da natureza...); E ainda: criminosa, prazerosa, alienígena, feminista e corporativa.

Enfim, são inúmeras as classificações de um mundo distópico; e falar que um filme ou livro é simplesmente distópico não tem como saber se estão falando sobre a sobrevivência num cenário destruído, numa crítica à desumanização causada pela evolução tecnológica, se será uma simples aventura em busca de algo perdido ou colocar em evidência o abuso do poder.

As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo e/ou por opressivo controle da sociedade; ou seja, geralmente se apresenta como uma forma de limitação da liberdade de forma negativa. Alguns casos são extremos, como acontece em 1984 e Jogos Vozares, cujo personagem passa por um processo de desumanização. Em outros exemplos, como em Fahrenheit 451, a pessoa perde a liberdade de pensar; e em Destino – Matched, a pessoa perde a liberdade de ser diferente, e por ai vai.

Resumindo, no fim das contas, a distopia se desenvolve quando as pessoas perdem suas liberdades básicas. Se vocês listassem as declarações dos direitos e elaborassem um mundo restringindo tudo o que tem na lista, criariam uma versão extremamente negativa do nosso mundo, ou seja, um mundo irrealmente negativo, maligno... um mundo distópico.

Fora os filmes citados do texto, segue a lista de alguns filmes considerados distópicos:

  • Alphaville (Jean-Luc Godard – 1965);
  • Planeta dos Macacos (Franklin J. Schaffner - 1968);
  • Laranja Mecânica (Stanley Kubrick - 1971);
  • Soylent Green (Richard Fleischer - 1973);
  • BladeRunner (Ridley Scott – 1982);
  • 1984 (Michael Radford - 1984);
  • Brazil (Terry Gilliam – 1985);
  • Robocop (Paul Verhoeven - 1987);
  • Gattaca (Andrew Noccol - 1997);
  • O Show de Truman (Peter Weir - 1998);
  • Clube da Luta (David Fincher – 1999);
  • Matrix (Andy Wachowaski; Lana Wachowski - 1999);
  • MinorityReport (Steven Spielberg - 2002);
  • Equilibrium (Kurt Wimmer - 2002);
  • AEon Flux (Karyn Kusama - 2005);
  • Sin City (Robert Rodriguez; Frank Miller; Quentin Tarantino - 2005);
  • V de Vingança (James McTeigue - 2005);
  • Filhos da Esperança (Alfonso Cuarón - 2006);
  • Watchmen (Zack Snyder - 2009);
  • Não Me Abandone Jamais (Mark Romanek - 2010);

Entre outros...

FIRST!

Olá, amantes de cinema! Como vão?

Venho por meio deste primeiro post declarar oficialmente criado o blog CINESTÉRICOS, do grupo honônimo. Mas você deve estar se perguntando... Que raio de nome é esse?

"Cine" lembra cinema...
"Estéricos" lembra histéricos... agitados, excitados, empolgados...
Seria então algo do tipo "histéricos por cinema"?


SIM, AMIGO LEITOR! Esse blog é feito por amantes do cinema para vocês também amantes do cinema! 

Vou tentar dar uma resumida aqui, sobre o início do nosso grupo.

Um grupo de amigos que se uniram para vivenciar o mundo do cinema,
e vão aprontar altas confusões que até Deus duvida! 
Cinestéricos! Todo dia, aqui na sua internet!
(TARDE, Narrador da Sessão da)

Um belo dia do Carnaval de 2012, três amigos começaram a conversar sobre cinema, mais especificamente os filmes preferidos de cada um. A conversa despretensiosa rendeu madrugada a dentro, e combinou-se de os três amigos assistirem três filmes - mais precisamente o filme favorito de cada um: Filhos da Esperança, O Colecionador de Ossos e Camisa de Força - e se encontrarem em uma outra oportunidade para compartilharem suas impressões sobre os mesmos, inclusive dando notas para eles. Dois meses depois se encontraram, deram suas opiniões sobre o que tinham visto, e esta é dita oficialmente como a primeira reunião do grupo de cinema recém-formado - naquela época, ainda sem nome. 
O tempo passou, dois novos membros entraram, um membro antigo saiu, e hoje, quase dois anos depois, o grupo continua de pé, e agora com esse meio de comunicação com o mundo exterior.

O grupo funciona da seguinte maneira:
=> A cada mês, é escolhido um tema central por um dos membros, e em conjunto, o grupo escolhe três filmes que abordem o tema proposto.
=> Durante o mês, todos os membros assistem os filmes escolhidos.
=> No último domingo de cada mês, os membros se reúnem e discutem o que acharam dos filmes - enredo, atores, direção, trilha sonora, edição, links com outros filmes etc -, dando notas para cada um.
=> Ao final da reunião, o próximo membro escolhe o tema do mês e o ciclo se completa. 

O princípio desse blog é dividir com vocês essa experiência, apresentando para o público não só o tema e os filmes em questão de cada mês, mas como também nossas críticas e opiniões sobre o mundo do cinema em geral. Começaremos com dois posts semanais, e sempre tentaremos ampliar o blog, trazendo o máximo de informações e entretenimento possível para vocês, leitores.

Então nós, do grupo Cinestéricos, Brunno Macedo, Fernando Montanaro, Heloísa Sousa e Pedro Gil, declaramos iniciados os trabalhos deste blog.



Até a próxima!!